o fogo ardia em mim e então o zumbido parou. o homem sem rosto entrou na sala e os marimbondos de sua boca invisível invadiram meu ser num jato penetrante, gelado e insensível
mas não houve dor, apenas falta de fôlego
não houve dor, mas sim prazer
entaum a porta se abriu e uma luz surgiu junto ao aglomerado de casas que se estendiam pela rua
mas dentro delas não havia vida, apenas morte e sonho. nenhuma canção, nenhuma melodia.
o único som que havia era da invasão de meu ser
a música dos insetos comendo minha carne
como lâminas afiadas, navalhas sem rumo
anestésico sibilar que entrava por minhas veias e me fazia sonhar
e sentir o calor não dentro
mas sobre meu corpo
e não kerer acordar
para sentir
mais e mais
e o ser q invadia minha vida não mostrou seu rosto, nem ao menos disse alguma palavra
ele falava pelo toque, por seus atos e abraços
falava pelas alfinetadas dos marimbondos no meu corpo
e pelo amor que jorrava em minha alma
no fim da amnesia sensorial a qual fui imersa, ao acordar do ataque
percebi que o ser sem face q me fez sentir tão bem
tão viva apesar de morta
era vc
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