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sábado, 8 de dezembro de 2007

Vício musical

Tenho uma mania que é escutar o mesmo CD exatamente 40 vezes antes de trocar. Hoje é a 11ª audição do S.O.D. que estou participando.

Acho que o efeito terapeutico dos 40X1 são comparados às tentativas sexuais de de alcance do climax. Eu tento todos os sons, quantas vezes achar necessário para curar o que preciso. O número ideal é 40.

Ouço de tudo, mas prefiro mesmo é metal, do mais foda. Tipo, extremo som de bateria ao estilo Coal Chamber, Bathory, Hamer Hell... enfim, sons urgentes, prestes a explodir, assim como o gozo de prazer.

Puta merda!, o correto é falar "músicas orgásmicas", porque é assim que me sinto ao saboreá-las.

Mas, também gosto de música gótica e celta, transcedentais, que deixam a impressão de que você fumou um back e está dentro de um carrossel cheio de cores, luses e som relaxante.

É o tipo de som com o qual você pensa em por tapumes na janela e pintar as paredes do quarto de preto, para impedir influências externas. E ali fica milhares de ciclos lunares até perceber que sua vida não é tão merda quanto pensava ser.

Coisas como Tristânia, Lives Eyes, Ambiom... Isso é o pós-orgasmo, o cigarro que te faz relaxar após aquel puta seção de sexo.

E por último, tem o psytrance... Nossa, isso é foda! Um monte de mistura instrumental que age como um ácido corroendo suas entranhas e fortalecendo teu ânimo.

Ouvir psy 40 vezes seguidas é um pouco arriscado, porque tem uma hora em que o bate-estaca, a corrida ferroviária, o conta-gotas, passam a emergir da sua mente e não do auto falante.

Recomento Infected Mushroom, Skazy e Sun Project. Mas só para os usuários avançados, decompostos, assim como eu.

Aliás, se esses idiotas que se drogam tivessem conhecido boa música e se viciado nela, não seriam viciados em drogas destrutivas. Porque música constrói.

Por falar nisso, nossa, que viagem fodida essa de hoje, fico perplexa com o gosto - ou falta de - das pessoas hoje.

Eu escuto de tudo, porque gosto de experimentar, mas tem coisa que não dá. Eu vomito e repudio. Mas essa é uma outra história.

Agora, 7:38 da manhã, ouço "Old school Hollywood" e percebo que S.O.D. não vai durar 40 audições no meu disc man. Essa música estraga o cd dos caras. Ela é bonitinha e inúltil, igual a Carla Peres.

Aliás, as únicas músicas assim que eu aceito são as do Pato Fu. O grupo mais plock que eu conheço.

É,não é pop, é plock mesmo, porque você escuta e imagina a Fernanda Takai mascando chiclete, de xuxinha no cabelo e com sandalhinha da Hello Kitty! Ao estilo Puffy Amy Yummy, musas japonesas mais plock do mundo.

Mas música plock não combina com as duas horas de estrada enfrentada todos os dias. De casa pro trabalho, do trabalho pra casa...

Isso porque exerce pressão demais no cérebro e faz os neurônios fugirem hemorrágicamente pelo nariz.

Por isso viciei em música de atitude, rs. Me faz pensar, imaginar, me libertar da realidade e apreciar a paisagem que vejo pela janela.

Aqui, no trajeto Guarujá-Bertioga, o monte e a praia se misturam e vemos o céu mais bonito do litoral. É, porque o mais lindo do mundo é do interior de São Paulo, mas depois eu conto o porquê.

O que interessa agora é que são 7:56, e B.O.M.B. começou a tocar de novo. É hora de desligar, pôr os pés no chão, parar de escrever, pôr os pés no chão, fechar a agenda. Arrumar a cara e descer. Para mais uma batalha....

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