Filosofando - parte II (23/03/06)

Cada vez mais vem um gosto de féu à boca. A cada suspiro vejo a vida fugindo.

Será essa a maldição da minha família? Porque desde que comecei a pesquisar meus antepassados, constato qu e a cada geração uma pessoa tem um fim triste e solitário.

Agora estou indo trabalhar, ouvindo S.O.D. e imaginando a Idade Média, seus mistérios e algum antepassado lutando para ser feliz.Mas me vejo lá, segurando a espada que vai acabar comigo mesma...

É uma cena estranha. Mesmo de dia, o céu está vermelho, talvez esse seja o motivo da minha boca ter gosto de sangue. Sou sinestésica, posso sentir dor ou cócegas apenas ouvindo uma música.

Mas e a fuga da vida? Com se fosse um veio d'água que corresse por entre meus dedos... Talvez uma mudança considerável. Mas, ultimamente... tenho tido um certo receio das mudanças. Elas não têm sido boas, digo, não tenho me adaptado a elas.

E meus sonhos? Não consigo me lembrar do que sonho. Toda vez que isso acontece é sinal de que minha vida está vazia. O "melhor" é que estou cercada de pessoas e acontecimentos. De encantos e sentimentos. É como se nada disso estivesse me nutrindo mais.

Por que???????

Hoje estou a procura de respostas. De algo plausível que explique meu momento. Porque nem eu mesma, com toda complexidade da alma que suspira em meu ser, estou conseguindo uma análise conclusiva sobre mim.

Que merda de filosofia barata é essa que estou desenvolvendo hoje, aqui?

Realmente, ou bati a cabeça, ou algo que comi não fez bem. Na pior das hipóteses, é o medo de não melhorar do joelho.

Numa hipótese catastrófica, é o desespero por não estar com o coração preenchido.