Filosofando - parte III (11/04/06)

Minha cabeça funciona como um computador... Sempre processando, contando, analisando fatos, pessoas e lugares.

Meu coração nunca entrou em funcionamento total. Era um dependente compulsivo dos comandos do meu cérebro.

Essa minha necessidade incoerente de compreender sentimentos me fez barrar os estímulos externos, me fez ter medo de enfrentar a vida, o que o mundo colocava em meu caminho.

Hoje, acredito que minhas barreiras imunológicas estão baixas, que preciso de cuidados, rsrs. Fui contaminada por um vírus que me faz atravessar a rua sem olhar, me jogar de cabeça sem saber se a piscina tem água.... Que me faz enfrentar meus paradígmas pessoais e os sociais só pelo fato de querer ser feliz.

Esse alguém que se auto denomina de criatura, não sabe o porquê de tamanho bem estar... Muito menos eu... E simplesmente temia o que estou sentindo. Não aceitava estar envolvida numa história com ar tão doce, tão parecida com um conto de fadas, tão cheia de alegrias, desencontros, sofrimentos e vitórias....

Não me via seguindo um caminho desconhecido. Um caminho que pode me levar ao céu, mas também à perdição. Uma vida assim, sem segurança, sem certezas, sem ter os pés no chão.

Não queria só sentir, queria entender. Mas parece que estou destinada a apenas sofrer, esse mal chamado paixão.