Templates da Lua

Créditos

Templates da Lua - templates para blogs
Essa página é hospedada no Blogger. A sua não é?

sábado, 8 de dezembro de 2007

Resgate do feminino nos relacionamentos (31/05/06)


Este texto da Monica Levi é muito interessante. A gente não percebe algumas coisas que acontecem em nossas vidas e, bem, a gente tem q se valorizar... sem desprezar o outro...

A dificuldade de estabelecer ou manter relacionamentos, acarreta o mesmo mal: solidão. Para combater este mal, as pessoas procuram saídas no externo: academias, mais status, preencher o vazio com mais trabalho... mas continuam insatisfeitas.

Por que isso acontece? Porque buscam no outro e no externo o que deveriam procurar dentro de si, o interno destruído, então é preciso resgatá-lo.

O gênero (masculino e feminino) tem uma construção cultural aprendida que pode variar no tempo e no espaço. Nossas crenças atuais puderam se tornar plausíveis historicamente a partir do primeiro exemplo de relacionamento: Adão e Eva.

Quando um homem se torna bípede, ocorrem mudanças físicas, sexuais, e surge uma nova atividade: o homem vai caçar e a mulher cuida das crias. Surge o primeiro contato de ralacionamento.

Na Grécia, aparece o conceito da natureza erótica da mulher, venerada nos templos do amor; este conceito passou pelo Egito e o começo do Império Romano.

Com o advento do Cristianismo, as qualidades pelas quais a mulher era considerada sagrada, são as mesmas que a tornam degradada.

Na Idade Média, surge o amor cortês e romântico onde a mulher é idealizada, como com Tristão e Isolda, um amor sem compromisso.

No século XVIII, começa a nossa atual compreensão da sexualidade, havia um só sexo, a mulher era representante inferior por não ter "calor vital", anatomicamente descrita como um homem invertido, mas se distinguiam os gêneros.

No começo do século XIX, com a revolução industrial começou a se exigir a diferença dos sexos para estabelecer a diferença dos gêneros.

Os ideais igualitários da revolução democrático-burguesa, onde, perante a lei todos temos os mesmos direitos jurídico-políticos, com exceção dos naturalmente inferiores, justificaram a desigualdade natural da mulher para confirmar a não habilidade anatomicamente à maternidade. Mesmo assim, a mulher entra na produção, sem leis trabalhistas e direito a voto, e o homem se sente ameaçado.

Hoje, além da cultura dominante com contratos de relacionamento que permanecem desde os tempos de Adão e Eva, existe a influência do ambiente familiar, surgindo mulheres tipo "Evas" que projetam seu ânimus no homem e estes se tornam machões. É a mulher por trás do homem ou a mulher na frente do homem, possuída pelo ânimus, competindo com o masculino e deixando o feminino no plano secundário.

O homem pode estar continuando com a atitude do caçador das cavernas e com a influência da diferença de gêneros. Existe hoje uma desordem amorosa onde os papéis se redistribuem, e precisamos aprender a resgatar o feminino representado pela ânima que contém as emoções, os Eros, e facilita as relações.


Mônica Levi,
Psicoterapeuta, autora do livro
"Um Novo Começo, Como Superar Sem Traumas Uma Separação"
Editora Gente

Nenhum comentário: